My dream is having all this map painted in red

Sunday 8 March 2015

Tallinn - Estônia

O pequeno país báltico desgarrou-se dos longos braços da União Soviética e cada vez mais busca sair da zona de influência russa. Junto com seus vizinhos Lituânia e Letônia, a Estônia é agora mais voltada para a economia de mercado da Europa Ocidental, modernizando sua sociedade. Suas instituições estão entre as mais sólidas das ex-repúblicas soviéticas, uma democracia que mira um passado um pouco mais longínquo, quando era um próspero porto da Liga Hanseática, a poderosa liga comercial que dominava os países do norte europeu. O povo local e seu complicadíssimo idioma são relacionados aos finlandeses e muitas de suas influências culturais também vieram dos países nórdicos e da Alemanha, como sua alimentação, música, arquitetura e religião. A gastronomia traz fortes reminiscências à raízes teutônicas, com pratos pujantes como muito repolho, batata, carnes e pães, com pratos como mulgikapsad (porco com chucrute e batatas) e suitsulohe (salmão defumado), e o indefectível kama, uma mistura de grãos muito apreciada nos cafés da manhã.

O principal porto de entrada para esse simpático país é Tallinn, sua capital. Seu centro histórico é denominado patrimônio mundial da humanidade pela Unesco e é, sem dúvida, o maior ponto de interesse para seus visitantes. A apenas algumas horas de Helsinque, Tallinn, a pequena e agradável capital estoniana é um ótimo passeio, e vale a pena pegar o ferry para conhecê-la. Todos os principais atrativos concentram-se próximos à Cidade Velha, listada como patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. O centro medieval é composto por duas áreas, a parte alta Toompea e a cidade baixa. Boa parte deste conjunto ainda é cercado pelas antigas muralhas defensivas que, de certa forma, isolam o conjunto dos modernos (e bem menos interessantes) distritos da capital.

O centro da vida cívica da cidade é a agitada Raekoja Plats, a praça do mercado que data do século XI. Lá estão muitos agradáveis cafés e restaurantes, a sisuda prefeitura gótica do século XIV e uma farmácia, a Raepteek, que abriu as portas em 1422. Um pouco mais ao norte está a torre da igreja Oleviste, que ao seu tempo já foi o mais alto edifício do mundo, com 159 metros de altura. Em Toompea há uma alta concentração de atrações, como a igreja luterana Toomkirk (de 1219), a bela catedral ortodoxa russa Alexander Nevsky, a torre Pikk Herman e o castelo Toompea. Porém, nada se compara a se perder nas ruas e vielas tortuosas da área, com prédios medievais jogando sombras sobre os paralelepípedos do calçamento. Assim, sem guia, nem planejamento, pode-se dar de cara com um aconchegante café que serve tortas primorosas, um restaurantezinho despretensioso mas com uma sopa fumegante ou com a loja de um artista que produz seus próprios artigos em madeira, vidros coloridos ou ferro retorcido. Simplesmente fantástico. Fora do centro há um outro bom passeio, o parque Kadriorg, uma vasta área verde que contém o palácio homônimo, desenhado pelo czar Pedro, o Grande, para sua esposa Catarina.

COMO CHEGAR

Não há voos diretos entre o Brasil e a Estônia. O principal aeroporto do país é o Lennart Meri Tallinn, um hub para a companhia Estonia Air, que oferece conexões principalmente para capitais do norte europeu, como Estocolmo, Copenhague, Vilnius, Londres e Moscou.

A partir de Portugal a TAP oferece voos diários entre Lisboa e Tallinn, sendo também uma excelente opção para os brasileiros que podem fazer uma escala na capital portuguesa antes de seguir viagem.

Uma das formas mais agradáveis e práticas de se chegar na Estônia é por via marítima, com ferries ligando Tallinn a Helsinque (de 1h30 a 3h30). Dentre as companhias mais recomendáveis estão Viking Line, a Tallink Silja, Linda Line e Eckerö Line (usada por mim).

GASTRONOMIA

Tallinn tem vários bons restaurantes que serve comida típica do Báltico. Isso signifca uma confluência de pratos típicos dos países escandinavos, eslavos e germânicos, com muita carne, batata, grãos e, invariavelmente, ótimos pescados. No centro da cidade você encontrará casas que trazem javali grelhado, cerveja de mel e faisão. Há também cafés bem charmosos que servem doces e tortas, ótimos lugares para fazer uma pausa.

Saturday 10 January 2015

Helsinque – Escandinávia com um certo ar eslavo

No começo do século XX, a Finlândia era um dos mais pobres e insignificantes países europeus, oprimido pelos políticos de Moscou. Era o fim do mundo, cheio de lagos e florestas, uma sociedade agrícola e atrasada que tinha fronteiras mal definidas. Hoje esse país nórdico continua no mesmo lugar, na esquina nordeste da Europa, mas é uma extensão do estado de bem estar social da Escandinávia, próspera, incorruptível e moderna.

Arborizada e super organizada, Helsinque (Helsínquia em português europeu), a capital do país, é um convite a grandes passeios a pé com seus amplos espaços públicos, muitos parques e vida portuária bem agradável, mas com habitantes conhecidos por sua timidez. A presença do grande arquiteto Alvar Aalto é sentida em alguns edifícios, mas o grande ícone local é o Tuomiokirkko, a igreja luterana que domina a praça do Senado, projetada por Carl Ludvig Engel, esta construção traz um certo ar eslavo, reflexo da época de sua construção, completada em meados do século XIX, quando boa parte da Finlândia estava sob domínio russo. Logo à sua frente está a estátua do imperador russo Alexandre II e uma ampla e disputada escadaria, um dos pontos de encontro favoritos da cidade.

Dali são poucos passos para a Catedral Ortodoxa Uspensky e sua paredes de tijolo vermelho, outro símbolo local. Se a fome já bater, passe na praça do mercado Kauppatori, com barraquinhas oferecendo paellas, sopa de salmão e bolinhos de bacalhau. Com o tempo ruim ou não, entre no kauppahhalli, o mercado coberto com ingredientes maravilhosos e mais opções para um lanche rápido. Perca-se por entre as ruas que cruzam o Esplanade Park, o centro social e comercial da cidade, antes de pegar o rumo da avenida Mannerheimintie, onde localizam-se o museu de arte moderna Kiasma, o museu nacional Kansallismuseo, a elegante casa de concertos Finlandia Hall e o imponente prédio que abriga o Parlamento. No final da grande avenida encontra-se o Estádio Olímpico, sede das competições de atletismo dos Jogos de 1952.

Próximo dali está o Parque Sibelius, uma agradável área verde construída em homenagem ao célebre compositor. Outro orgulho dos finlandeses é a ilha-cidadela de Suomenlinna. Fortificada no século XVIII pelos suecos, então senhores da região, era uma proteção estratégica contra os hostis russos que rondavam o Golfo da Finlândia. Listada como Patrimônio da Humanidade da Unesco, um passeio por aqui merece pelo menos meio dia.

Com o tempo quente e bom, faça um piquenique com sanduíches de salmão defumado e uma cerveja Lapinkulta pelas muitas ilhas e praias da região. Quando o tempo esfriar, o negócio é frequentar restaurantes, bares e cafés bacanas como o Kappeli, Café Esplanad e Juttuppa, antes (ou depois) de assistir uma partida da equipe de hóquei local, o Jokerit, no moderno Hartwall Areena e para terminar seja espancado com ramos de bétula dentro de uma sauna (outra paixão nacional) a 80º C antes de mergulhar numa piscina gelada. A Finlândia pode até ser o fim do mundo, mas as pessoas sabem como se divertir.

Talvez agora me faça sentido toda a timidêz dos moradores de Helsinque, timidêz esta que é totalmente falsa, eles só estavam tentando manter a sua cidade como um segredo para o resto do mundo. Atreva-se também a desvendar este segredo.

Como chegar:
A partir do Brasil: Atualmente não existem voos diretos entre o Brasil e a Finlândia. Os brasileiros que desejem visitar este país terão obrigatoriamente de fazer uma escala em uma das capitais europeias antes de chegar ao destino final. Os cidadãos brasileiros não precisam de visto para viagens com fins turísticos que não excedam mais do que 90 dias e que não incluam atividades remuneradas. É necessário somente ter passaporte válido até o término da viagem.

A partir de Portugal: A TAP oferece voos diretos entre Lisboa e Helsinque. Sendo a Finlândia um dos países que assinaram o acordo Schengen faz com que os portugueses não necessitem de visto e nem sequer de passaporte para visitar o país, bastando apresentar o bilhete de identidade.

Tuesday 17 December 2013

Berna – A capital política da Suíça

Berna - Suíça

A melhor época para visitar a capital suíça é definitivamente no verão, a cidade ganha uma vibe bastante “cool”, uma ótima oportunidade para aproveitar para diminuir o ritmo e relaxar, seja numa tarde de compras pelas arcadas, saboreando delícias nacionais e internacionais pelos inúmeros cafés ou uma refeição num dos muitos restaurantes bacanas da cidade.

Berna - Suíça

Berna tornou-se patrimônio mundial da UNESCO em 1983. O centro antigo da cidade possui estruturas de vários séculos que permanecem no seu formato original. Apesar do crescimento para comportar a capital administrativa do país a cidade ainda mantem a sua estrutura medieval. Perca-se pela cidade, descubra seus lindos lugares secretos em um passeio a pé pela cidade. Não há melhor maneira de descobrir Berna.

Berna - Suíça

No verão não deixe de aproveitar as águas cristalinas do Rio Aare, muitas pessoas descem o rio agarrados em pequenas boias, uma experiência inesquecível que tive a oportunidade de experimentar. Nenhuma outra cidade na Suíça oferece um “blend” de cultura e lazer como Berna. Os locais adoram tirar tempo para aproveitar a própria cidade.

Berna - Suíça

Entre as atrações da cidade destacam-se a Torre do Relógio (Zytglogge), hoje em dia um dos importantes monumentos da cidade, este relógio astronômico foi construído em 1530. Se estiver visitando Berna com crianças (ou mesmo sem elas) não deixe de visitar o BearPark, o urso é o símbolo da cidade e merecia um parque dedicado ao animal.

Berna - Suíça

Não deixe de observar as inúmeras lindas fontes de água espalhadas pela cidade. Estas fontes artísticas e coloridas foram erguidas em 1550 numa demonstração de riqueza da cidade. Apesar de possuir um sistema de transporte ultra eficiente para o turista a melhor opção é conhecer a cidade a pé, há inúmeros detalhes nas fachadas das casas que farão a alegria dos amantes de fotografia, a cidade é definitivamente fotogênica.

Friday 13 December 2013

Genebra – A pequena joia da Europa

Genebra - Suíça

Situada nas margens do lago Genebra e aos pés dos alpes suíços, Genebra brilha como uma das mais bonitas cidades da Europa. Cidade se das Nações Unidas, Genebra possui uma longa história de diversidade e tolerância, a cidade é hoje um centro de cultura e entretenimento de renome, restaurantes estrelados e oportunidades diversas de recreação. O idioma falado na cidade é o francês mas a maioria das pessoas falam inglês e há uma grande comunidade de imigrantes portugueses além de muitos brasileiros fazendo do português uma língua também bastante falada na cidade.

Genebra - Suíça

O monumento mais famoso de Genebra é o “Jato D’agua”, a mais alta fonte de água do mundo e fornece um ótimo ponto de referência para explorar a cidade. O centro antigo da cidade oferece uma oportunidade de viver o passado da cidade, há ainda mais de 30 museus e galerias que capturam a rica e vibrante vida da cidade. Para respirar o ar puro da cidade nada melhor do que um cruzeiro pelo Lago Genebra que de tão limpo dá para ver o fundo, ou relaxar num dos muitos parques na beira do lago.

Genebra - Suíça

Certifique-se de visitar a Maket Street para comprar um bom relógio suíço ou somente para olhar as vitrines das lojas. Há hotéis e hostels para todos os gostos e bolsos. Genebra, assim como todas as cidades Suíças em geral são bastante caras, em compensação oferecem serviços de qualidade, os transportes públicos funcionam, não existe qualquer problema de segurança e as ruas são limpas, dá para fazer uma cirurgia em plena calçada, um ambiente quase asséptico.

Cartão Unireso Geneva de transporte público

Caso esteja hospedado num hotel, hostel ou mesmo num camping da cidade o visitante terá direito a um cartão chamado Unireso Geneva que lhe dará acesso gratuito aos transportes públicos da cidade (ônibus, bondes e metrô) durante o período da sua estadia. Primeiro mundo, não!!! É necessário entretanto estar na posse do cartão e do passaporte.

Genebra - Suíça

Uma das coisas que mais gosto em Genebra é o seu ambiente internacional, sede de mais de 20 organizações internacionais torna esta pequena grande cidade de 200.000 habitantes um lugar cosmopolita e cheio de charme.

Genebra - Suíça

Sempre que viajo gosto de analisar a qualidade de vida que o lugar oferece e neste quesito Genebra é rainha, todos os rankings existentes colocam a cidade como uma das melhores do mundo para se viver. A cidade foi toda planejada para se locomover de transportes públicos ou de bicicleta. A cidade possui uma rede ferroviária invejável fazendo com que seja muita fácil chegar a grandes capitais europeias. A população da cidade é bastante internacional, 40% são estrangeiros, dando a cidade uma variedade cultural e culinária.

Genebra - Suíça

Genebra definitivamente entrou para a minha lista de cidades onde eu poderia definitivamente viver.